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Megaesófago

Comparação do esófago normal com um processo de megaesófagoO megaesófago é uma doença caracterizada por dilatação esofágica difusa e ausência de peristaltismo (mobilidade). Esta patologia pode ocorrer em animais de qualquer idade. Pode ser secundária a outras doenças ou de origem desconhecida.

Causa:

O Megaesófago congénito (animais recém-nascidos) é frequentemente de origem desconhecida.

O Megaesófago adquirido (animais adultos) também pode ser de origem desconhecida ou ser secundário a outras patologias, como por exemplo:

-Doenças neuromusculares (por exemplo: lupus eritematoso sistémico, disautonomia felina, miastenia gravis, paralisia da carraça, esgana, esofagite de refluxo, etc);

-Doenças esofágicas obstrutivas (por exemplo : corpos estranhos, estenoses esofágicas, aneis vasculares, neoplasias);

-Tóxicos (por exemplo: tálio, chumbo);

-Doenças endócrinas (por exemplo: Hipotiroidismo, Hipoadrenocorticismo ou Addison).

Sinais clínicos:

Os sinais clínicos englobam sempre a regurgitação (muitas vezes confundida com vómito), e frequentemente também ocorre perda de peso, tosse e outros sinais de stress respiratório, por compressão ou pneumonia por aspiração.

Também se pode observar sintomatologia relacionada com a doença primária que proporcionou o desenvolvimento do megaesófago.

 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através da realização de radiografias simples ou de contraste onde se pode observar o esófago dilatado. A endoscopia revela-se bastante útil na identificação de obstruções e lesões da mucosa. Estudos de fluoroscopia são úteis na identificação de alterações de “mobilidade” (peristaltismo) do esófago.

Também é importante realizar análises para pesquisar possíveis causas primárias, tais como, anticorpos anti-receptores da acetilcolina (Miastenia gravis); anticorpos anti-nucleares (Lupus Eritematoso Sistémico), ect.

 

Tratamento

Se identificada alguma doença primária esta deve ser tratada.

No caso de não se identificar nenhuma doença primária (megaesófago de origem desconhecida) deve-se fazer tratamento sintomático, que consiste:

– Apresentação de uma dieta de elevado valor calórico fornecida de um plano elevado (pouco de cada vez e várias vezes ao dia);

– Manter animal 5-10 minutos elevado após a refeição.

 

Prognóstico

O Megaesófago secundário pode ter bom prognóstico se a causa primária for tratada com sucesso. No entanto, nos casos em que as alterações esofágicas não se conseguem reverter, o prognóstico é reservado.