Embora os cães e gatos sejam ambos classificados como carnívoros, o metabolismo e necessidades nutricionais dos cães aproximam-se muito dos omnívoros, enquanto que o metabolismo dos gatos é compatível com os animais estreitamente carnívoros.
Frequência da alimentação:
Nos gatos a comida pode estar sempre à disposição.
Os cães adultos devem comer 1 ou 2 vezes ao dia, os cachorros devem comer 3 ou 4 refeições e as cadelas grávidas podem ter a comida sempre à descrição ou ser alimentadas pelo menos 3 vezes por dia.
É extremamente importante o animal ter sempre água fresca à disposição.
Alimentação do cachorro e do gatinho:
Após o desmame (entre as 6 e os 8 semanas de idade – altura em que o animal come bem a ração seca) o gatinho deve ganhar entre 10 e 15 gramas por dia, ao passo que o cão deve aumentar 2 a 4 gramas/dia/Kg em adulto. Ou seja para um cão em que no tamanho adulto é esperado que tenha 30 Kg, o cachorro deve engordar entre 6 a 12 gramas por dia durante os primeiros 5 meses de vida.
Regra geral, as dietas comerciais apresentam já um conteúdo de proteína, hidratos de carbono, gordura, vitaminas e sais minerais adequado ao correcto crescimento do animal. No entanto, algumas dietas de mais baixa qualidade podem-se demonstrar insuficientes para o pleno desenvolvimento do animal.
Deve-se evitar ao máximo fornecer restos de comida ou outros alimentos humano, pois irão provocar um excesso ou deficiência de nutrientes.
Alimentação de cachorros de raça grande ou gigante
Cães de raça grande ou gigante (cães que em adultos pesam mais de 30 Kg) têm a capacidade genética de crescer rapidamente. No entanto, se lhes for fornecida alimentação que exceda as suas necessidades, o seu crescimento será exageradamente acelerado e desenvolverão um esqueleto inadequado com inúmeros problemas ósseos (tais como a osteocondrose e a osteodistrofia hipertófica).
Por este motivo, cachorros de raça grande, devem ser alimentados com rações especificamente formuladas para eles (que regra geral contêm um baixo nível de gorduras e níveis de cálcio e fósforo que se situam entre os 0,8% e 0,67% respectivamente).
Necessidades dos cães e gatos adultos
Muitos alimentos usados na alimentação diária dos humanos pode ter efeitos desastrosos quando dados aos animais.
A cebola crua, por exemplo, provoca alterações a nível dos glóbulos vermelhos e consequentes anemias graves.
O chocolate ou outros doces, possuem uma quantidade de açúcar extremamente elevado, provocando diabetes e consequentemente a cegueira do animal.
Algumas raças como os Husky Siberiano e Malamute do Alasca, podem desenvolver problemas de pele devido a carências em Zinco.
A taurina é um factor essencial na alimentação do gato. Deficiência em taurina provoca problemas oftalmológicos, problemas cardíacos, falhas reprodutivas e crescimento atrasado dos gatinhos.
Os ácidos gordos (ácido linoleico e ácido linolénico) são essenciais para a pele. Uma deficiência de ácidos gordos provoca hiperqueratose da pele e a doença do fígado gordo.
Importância das vitaminas e minerais
Para que ocorra um bom crescimento ósseo é fundamental que o Cálcio, o Fósforo estejam presentes nas quantidades adequadas. A relação ideal é de 1,1:1 a 2:1. A vitamina D3 ajuda na absorção do cálcio e fósforo e influencia a sua actividade celular.
Alterações neste equilíbrio provocam osteocondrose, displasia da anca e problemas de hiperparatiroidismo (desregulação da função endócrina).
O cobre tem também um papel muito importante na produção de colagénio e elastina. A sua deficiência provoca graves deformações, fracturas e extensão exagerada da extremidade da pata.
A deficiência de zinco provoca diminuição da taxa de crescimento, problemas de pele, diminuição da imunidade e alterações no crescimento do esqueleto.
O iodo é fundamental para o desenvolvimento da função da tiróide. A sua ausência provoca um severo encurtamento das patas com desmineralização do osso. Cães filhos de cadelas com défice de iodo apresentam perda de pêlo, edema, aumento do tamanho das glândulas da tiróide e paragem súbita do crescimento das patas.
O magnésio ajuda na produção da cartilagem, essencial nas articulações e desenvolvimento do pavilhão auricular.
A proteína é fundamental para o desenvolvimento da massa muscular e de enumeras moléculas fundamentais para o organismo. A quantidade de proteína ideal para uma ração de cachorro é entre 25 e 30%. Um défice de proteína provoca uma diminuição dos níveis sanguíneos de hormona de crescimento e reduz o crescimento do esqueleto.
A vitamina A controla a actividade osteoclástica (de degradação) do osso. Tanto o seu excesso como deficiência provoca uma doença metabólica severa do osso.