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Higiene Oral

 

 

 

 

 

Apesar de muitas vezes menospresada, a higiene e saúde da cavidade oral é importantíssima para a vida do nosso animal de companhia. Mesmo sem querer, podemos começar a apercebermo-nos que o nosso animal de companhia tem mau hálito. Esse, pode ser o primeiro indício que o animal tem problemas orais.

Descubra, nesta breve abordagem aos problemas boca, quais são os principais problemas que podem afetar o seu animal, a importância que tem a higiene oral, na saúde geral do animal e o que pode fazer para resolver ou minimizar estes problemas.

Check-up anual

Todos os animais deveriam ser submetidos a um check-up oral todos os anos. Regra geral, nos animais que fazem a sua vacinação em clínicas veterinárias, é avaliada a sua saúde oral aquando da consulta de rotina efetuada antes da vacinação anual.

Mesmo o dono em casa, poderá observar os dentes do animal e procurar algum indício de problema, tais como acumulações de tártaro, dentes partidos, caries, etc.

Placa bacteriana e doença periodontal

A boca dos animais apresenta uma determinada flora bacteriana normal. Essas bactérias, juntamente com as enzimas da saliva são responsáveis pela degradação dos restos alimentares que ficam alojados nos dentes, após a mastigação.

No entanto, estas bactérias tendem a formam a placa bacteriana (biofilme, invisível a olho nú, formado por bactérias, saliva e produtos da degradação alimentar). A sua progressão começa a causar lesões na gengiva e em toda a área envolvente ao dente (mesmo nas áreas não visíveis externamente: ligamento periodontal e osso alveolar). A isto chama-se doença periodontal.

Esta é a doença mais comum dos cães e também muito frequente em gatos. A maior parte dos animais de companhia com mais de 3 anos, já apresentam este problema.

A gengivite (inflamação da gengiva) é um dos sinais mais precocemente detetados que comprova a existência da doença periodontal. Caso o animal permaneça sem tratamento, há acumulação de cálculo dentário (mais conhecido como tártaro) e ocorre uma progressão da doença periodontal. Consequentemente há destruição do ligamento periodontal e do osso alveolar (osso que suporta o dente), levando em casos gaves, à queda do dente.

A doença periodontal é irreversível, pode ser dolorosa e já há estudos que comprovam que a presença de um foco de infeção oral, pode provocar infeções em órgão distantes, nomeadamente no coração e no rim. Por este motivo, a correção de problemas orais, não é uma questão estética!!! É um cuidado de saúde básico, importante para um bom estado de saúde geral do animal.

Destartarização

A destartarização consiste na remoção do tártaro. Este processo é sempre efectuado com o animal sob anestesia geral.

Com um destartarizador, é removido o tártaro dos dentes do animal, tanto na face externa, como na face interna. No entanto, é importante referir que caso não haja um grande cuidado em casa, por parte do dono, a placa bacteriana volta a instalar-se, havendo o risco do tártaro voltar a surgir. Assim sendo, é importante, introduzir ou reforçar os cuidados de higiene da cavidade oral do animal no período após a destartarização, para tentar atrasar ao máximo o regresso do problema.

Mais vale prevenir que remediar…

Mais uma vez, na doença periodontal, mais vale prevenir…

Há pequenos hábitos que o dono pode ter desde o início da vida do animal para evitar que este problema se instale.

Assim sendo, o dono deve:

  • Escovar diariamente os dentes do seu animal.

  • Fornecer dietas próprias para os dentes e snacks orais;

  • Evitar e desencorajar o animal a agarrar pedras.

Está comprovado que a escovagem dos dentes é o método mais eficaz de remover a placa bacteriana. A escovagem deve ser feita uma vez ao dia. Podem ser usadas escovas de dentes normais ou dedeiras. Deve-se usar pasta dos dentes próprias para animais, uma vez que têm um sabor agradável para o animal, aumentando assim o tempo de tolerância da escovagem. Não se deve usar pastas dos dentes de humanos, uma vez que os seus elevados níveis de fluor, tornam-se tóxicos para os animais.

Apesar de não substituirem a escovagem dos dentes, as dietas próprias e os snacks orais podem ser uma boa opção nos animais que não toleram a escova dos dentes. A forma grande dos grãos de ração e a mastigação prolongada dos snacks, vão permitir um atraso na formação da placa bacteriana e gengivite.

Os animais que gostam de pegar em pedras podem partir os dentes, por isso, este comportamento deve ser desencorajado.

Não se esqueça: está nas suas mãos a prevenção de problemas orais!