As larvas da Thaumetopoea pytocampa, vulgarmente designadas por processionárias ou lagarta do pinheiro encontram-se dispersas por todo o país. Esta pequena larva que parece inofenciva pode ser extremamente perigosa para que entra em contacto directo com ela, podendo mesmo provocar perda de parte da língua, lábios e até mesmo a morte do animal.
As larvas:
A sua forma de inverno, são os chamados “novelos de algodão” que se encontram no cimo dos pinheiros. Quando o tempo aquece, essas larvas migram do pinheiro para o solo, formando uma fila, (caminham umas a trás das outras, fazendo lembrar uma procissão).
Os seus pêlos contêm uma holoprotéina tóxica (a taumatopeína), que tem um poder muito forte de libertação de histamina. Por este motivo, cães, gatos, cavalos, homens e outras espécies, quando contactam com os pêlos da processionária desenrolam um quadro alérgico extremamente exuberante.
Sintomas:
Os cães jovens são os mais predispostos a sofrer desta intoxicação. A sua curiosodade, faz com que eles toquem com o focinho nos pêlos da processionária e, imediatamente, fiquem com o focinho extremamente inchado, salivando muito e podem desnvolver infecções nos lábios e língua e garganta.
Tratamento:
Nesta fase inicial é imperativo levar logo o animal ao veterinário. Devem ser logo administradas injecções de córticos para travar o processo alérgico e deverá também começar-se com protecção antibiótica devido à possibilidade das bactérias da boca se aproveitarem da debilidade do organismo e colonizarem as úlceras que irão formar. Sempre que o animal tolere, deve retirar-se o máximo de pêlo possíveis que que ainda estejam em contacto com ele. Em casos muito graves o animal deve ser hospitalizado pois devido à grande inflamação que se está a desenvolver na sua boca, tem muita dor e deixa de ter capacidade de comer.
Com o passar do tempo a região afectada começa a voltar ao seu tamanho normal, mas os danos causados podem ser irreversíveis. A região danificada perdeu a irrigação sanguínea e consequentemente acaba mesmo por cair. Alguns animais podem ficar sem parte da língua, lábio ou até mesmo sem a pele da região do pescoço.
Não existe nenhum antídoto específico para a toxina da processionária.
A recuperação é lenta.