A convulsões são contrações involuntárias dos músculos do animal. Estas podem ter uma duração variável (de poucos segundos a vários minutos).
Esta situação é grave e deve contactar o seu médico veterinário sempre que observar esta situação no seu animal.
Causas:
As convulsões têm uma origem bastante diversificada. De entre elas destacam-se as malformações genéticas, intoxicações, problemas hepáticos, doenças que provoquem a diminuição do açúcar no sangue, traumatismos, processos degenerativos ou idiopáticas (quando não se detecta aparentemente nenhuma explicação para o aparecimento de convulsões). No gato, o mais frequente é surgirem convulsões primárias (ou seja, convulsões que surgem devido a uma tendência hereditária).
Predisposição:
Qualquer animal pode ter convulsões. A frequência com que surgem e a idade em que se iniciam variam individualmente. Existem evidências de que existe uma tendência genética para a Epilepsia em algumas raças de cães tais como o Pastor Alemão, S. Bernardo, Beagle, Setter, Poodle Toy, Fox Terrier, Cocker Spaniel e Husky Siberiano.
Sintomas:
As convulsões epilépticas são caracterizadas por uma sequência de sintomas:
1. Aura – Esta é a fase inicial da convulsão. Esta fase pode durar alguns minutos, ou até mesmo horas. Nesta fase o animal tem a sensação de que a convulsão está para ocorrer. Alguns animais começam a manifestar alterações de comportamento (podem procurar o dono ou tentar-se esconder – procurar o isolamento).
2. Período Crítico – é o momento em que ocorre a convulsão. Nesta fase ocorrem contracções musculares involuntárias dos membros, pescoço e cabeça que geralmente duram segundos a minutos.
3. Período Pós-crítico – é o período de tempo que decorre imediatamente depois das convulsões epilépticas. O animal pode demonstrar desorientação, urinar ou defecar, apetite ou sede excessivos ou diminuídos, debilidade, cegueira e perturbações sensitivas e motoras. Este período pode durar minutos ou prolongar-se durante alguns dias.
Se o animal se mantiver durante 30 ou mais minutos na fase 2 (período crítico) sem recuperar a consciência diz-se que o animal se encontra em “estado epiléptico”. Este estado é extremamente grave, podendo deixar sequelas neurológicas no animal para sempre.
Diagnóstico:
O diagnóstico faz-se com base na história clínica e provas laboratoriais para tentar detectar a causa do aparecimento das convulsões. Se não for detectado nada de anormal considera-se que o animal tem epilepsia verdadeira.
Tratamento:
Se for detectada uma causa específica para a convulsão, deverá tratar-se o problema que está a originar a convulsão. Quando não é detectada uma causa específica, inicia-se um tratamento convulsivo. Este tratamento tem como intuído diminuir o n.º e intensidade das crises, mas não se pode esperar que as elimine por completo. Sempre que possível deverá usar-se apenas um medicamento. Só em casos em que este não se demonstre completamente eficaz é que se associam medicamentos, no entanto, os efeitos secundários serão intensificados. Para um bom controlo é essencial efectuar análises sanguíneas regularmente.
Prognóstico:
A epilepsia é uma doença que não tem cura, apenas existe um controlo, através da administração de medicamentos prescritos pelo médico veterinário. No entanto, quando se tratam de medicamentos para tomar toda a vida, é fundamental o animal ir regularmente às consultas de rotina e efetuar os controlos que são aconselhados.
O não controlo dos níveis terapeuticos os medicamentos que estão a ser admintrados, pode levar a um mau controlo da doença. Existem no entanto animais (principalmente da raça Pastor alemão, S. Bernardo e Setter Irlandês) em que o controlo é bastante difícil.
A Clínica Veteinária Animal Especial tem ao seu dispor um serviço de urgências permanente, com tratamentos de controlo de convulsões.