O criptorquidismo é uma condição que afeta animais machos e neste artigo falaremos especificamente desta condição em cães ou gatos.
Os cachorros e os gatinhos machos quando nascem apresentam os testículos localizados a nível inguinal, sendo que com o avançar da idade e crescimento estes vão descendo até permanecerem na bolsa escrotal.
Os testículos de um cachorro são palpáveis no escroto por volta das 8 semanas de idade, sendo que os de um gatinho podem ser apenas palpáveis às 16 semanas. Deste modo, quando um dos testículos ou até os dois não descem para a bolsa escrotal, na devida idade, estamos na presença de um animal criptorquídeo. Esta condição pode ser classificada como unilateral no caso de apenas um testículo estar afetado, ou bilateral quando ambos estão afetados. Neste último caso, os animais afetados são usualmente estéreis pois a temperatura do interior do abdómen não permite a produção de espermatozoides pelos testículos retidos.
Esta condição afeta frequentemente cães.
Existem algumas raças de cães mais predispostas ao desenvolvimento desta condição como Yorkshire Terrier, Chihuahua, Boxer e Pastor Alemão, ainda que qualquer raça ou cruzamento o possa apresentar. Como se considera que esta condição está ligada a uma componente genética, os animais criptorquídeos não devem ser usados para reprodução, visto que este animais estão também mais predispostos a desenvolver patologias como torção testicular e tumores de testículo.
Os gatos são raramente afetados por criptorquidismo – a literatura diz-nos que menos de 2%, ainda que a raça Persa seja a mais comummente descrita em casos clínicos.
O diagnóstico é feito pela história clínica, exame físico do animal e a ecografia poderá ser necessária e indicada para determinar com exatidão a localização do testículo reti antes de seguir com a cirurgia de castração.
O tratamento consiste na castração do animal, sendo que mesmo que este apenas seja afetado unilateralmente, ambos os testículos devem ser removidos. Os cuidados pós cirúrgicos devem ser discutidos com o médico veterinário assistente, dependendo da avaliação de cada caso individualmente.
O prognóstico é bastante bom nos animais que sejam submetidos a cirurgia e terão uma esperança de vida normal, caso não existam outras patologias concomitantes.
